Expulsa da república de estudantes onde vivi o meu primeiro ano em Coimbra, e sem dinheiro para arrendar um quarto, como o faziam a maioria dos universitários, tive a sorte de encontrar guarida em casa do Sr. Silva, um simpático homem já com perto de 50 anos, solteirão, que vim a descobrir uns dias depois de lá ter começado a morar só ter um colhão. Não eram muito pequenos o colhão solitário e o caralho do Sr. Silva, mas em todo o caso o homem só tinha um e por isso ele já quase com meio século de vida, com vergonha de o mostrar fosse a quem fosse, continuava ainda no capítulo sexual a desenrascar-se exclusivamente à mão como nos seus tempos de rapaz. Uma vez o Sr. Silva confidenciara-me que a maior vergonha que tivera de passar acontecera aos 20 anos. A ausência de um par de tomates no seu saco não o desclassificara ao nascer de ser incluído no rol de cidadãos do sexo masculino, com as mesmas obrigações de todos eles e assim sendo com aquela idade foi chamado à Inspecção Militar, local onde os mancebos eram, sem pudores de qualquer espécie forçados a apresentarem-se todos nus, perante os médicos e perante os outros.
- A humilhação que passei então, menina Sandrinha – confessou-me ele certa noite, quando a nossa confiança se intensificara – Nunca tive sequer a coragem de contratar uma mulher da vida para fazer aquilo que todos os outros faziam com as mulheres, apesar de vontade não me faltar. Mas pensei que se na Inspecção fui tão gozado por homens por só ter um bago, como o não seria por mulheres habituadas ao comércio com homens de tomates perfeitinhos, ou com outras à procura de parceiros para casar e ter filhos. A única coisa boa que me aconteceu por só ter um tomate foi ter ficado livre da tropa. Dois anos depois rebentou a guerra em Angola e tenho a certeza que a falta do meu colhão não me isentaria de ir para o mato, à caça dos turras.
Dei-lhe razão. Fui eu assim quem, para o compensar do tecto que durante perto de dois meses me dispensou e das refeições que me dava apesar dos seus parcos recursos, lhe tirei os três e me tornei sua amante até partir para a Holanda, onde no prostíbulo de Mrs. B.. exerci a mais velha profissão do Mundo durante 13 meses.
No entanto a minha estreia como puta não ocorreu em Amesterdão mas em Coimbra, precisamente no tempo em que vi em casa do Sr. Silva. Foi essa aventura que me fez ver que podia ganhar muito mais dinheiro trabalhando uma noite na horizontal do que num mês todo na vertical, fazendo limpezas ou trabalhando atrás de um balcão.
Não era apenas abrindo as pernas ao meu amante de um só colhão que eu procurava retribuir a gentileza que ele me fizera. Arrumava-lhe a casa, cozinhava para ele e fazia-lhe as compras com o dinheiro que me deixava, tentando conciliar tudo isso com o estudo das cadeiras de Direito, cujo primeiro ano não me correra muito bem. Apesar disso não me sentia confortável comendo diariamente às custas dele pois sabia das dificuldades por que passava, já que o Sr. Silva vivia de biscates. E depois também, apesar de foder com ele mais por sentido de dever do que por outra coisa, a verdade é que me desagradava bastante sentir-lhe o colhão abandonado batendo-me no lábio esquerdo da cona quando ele me penetrava. Em matéria de caralhos e colhões como muito com os olhos, e habituada até então a transar com meu padrinho e com o meu primeiro namorado Rodrigo, que os tinham muito bem feitos e desenvolvidos, o tomate manco do Sr. Silva era uma completa desilusão. Muitas vezes, antes dele chegar a casa ao fim da tarde, comia um pão com manteiga, e ia estudar para a Biblioteca Geral que estava aberta à noite, procurando chegar a casa a horas em que imaginava ele já estar dormindo, para não me sentir na obrigação de lhe abrir as pernas, nem ele necessidade de dividir o seu magro jantar comigo.
Foi o que aconteceu nessa noite. Eram umas sete da tarde e eu estava-me começando a sentir cheia de fome, o pão com manteiga e a maçã que comera não tinham sido capazes de me saciar o estômago. Tinha aberto o manual de Direito Constitucional que um colega do 2º ano me emprestara pois se não tinha dinheiro para comer muito menos o tinha para comprar manuais de estudo, mas os roncos cada vez mais persistentes do meu estômago já tinham levado alguns dos poucos frequentadores da Biblioteca, na sua maioria assistentes universitários, a voltarem os olhares na minha direcção. A cantina das Químicas era no edifício ao lado mas eu mesmo não tendo os 30 escudos necessários para comprar a senha de uma refeição, compreendi que não podia ficar ali sem levar mais qualquer coisa à boca. Deixei o manual em cima da mesa pois fazia intenções de voltar e desci à rua.
Por vezes cravava uma senha de refeição a algum estudante e por isso caminhei até ao edifício da cantina que acabara de começar a servir. Mas não cheguei até lá. Mal começara a andar dou de caras com um senhor de barbas castanhas e um ar todo fino, que eu nunca vira por aquelas bandas. Foi isso que me deu coragem para o abordar.
- Desculpe – virei-me para ele – o senhor não me arranja 30 escudos para eu jantar na cantina?
- Os teus pais não te dão dinheiro para andares na Universidade? – quis saber.
- Não tenho pais – menti – estudo por minha conta.
- Então devias fazer-te à vida, menina, que com os atributos que possuis não tens necessidade de andar a mendigar – observou-me olhando-me de cima abaixo, com o mesmo olhar do meu padrinho quando me queria comer. A saia que vestia dava-me pelo joelho mas o decote da blusa fazia imaginar que eu não trazia sutiã, como de facto não trazia. Mas eu não queria conselhos, queria dinheiro para comer.
- Quer-me arranjar os 30 paus ou não? – foi a minha resposta.
- Até tos posso arranjar, mas se quiseres fazer-me um grande favor podes sair daqui com muito mais. Afinal, amanhã vais estar de novo com fome, não vais?
Não deixava de ser certo isso. Eu também não tinha nenhuma dúvida de qual o tipo de favor que o quarentão queria que lhe fizesse mas mesmo assim lembrando-me da excitação que sentia quando o meu tio me dizia que eu tinha vocação de vulgar rameira de rua, perguntei-lhe num tom algo ingénuo.
- E que favores o senhor quer que lhe faça?
Nova olhadela por mim abaixo. Mas desta vez esfregou a mão sobre o fecho das calças.
- Nada que tenho a certeza não tenhas feito muitas vezes. Já a minha avó dizia que a moças jovens e bonitas como tu não se lhes deve dar esmolas já que vocês têm todas um dote natural que vos permite pagar muitas contas. E a minha avó devia saber do que falava pois também foi moça jovem como tu. Se me deixares servir apenas da tua racha do meio das pernas dou-te 1000 escudos. Mas ainda te dou uma gratificação se me quiseres chupar ou me deixares esfregar o pénis nessas tuas mamocas, que adivinho serem soberbas. Sempre te dá para muitos jantares na cantina.
Meu tio passava a vida dizendo-me que me veria batendo a rua oferecendo-me a todos os homens por dinheiro, e no íntimo de mim desejava que ele e o meu anterior namorado Rodrigo estivessem ali assistindo ao meu aliciamento para uns instantes de comércio carnal com um desconhecido. Olhei para os dedos do homem, e embora fossem algo elegantes eram compridos. Com uns dedos daqueles, pensei, sua pila não pode ser muito pequena, e DE CERTEZA não é provido apenas de um testículo que no momento da foda me bate apenas num dos lábios da rata, o que me faz sempre saber a muito pouco. No entanto um rubor subiu-me à face e foi num tom ríspido que lhe respondi:
- Se procura putas deve ir à baixinha que é o local delas, eu não sou dessas.
- Quem te diz que procuro putas? Não me importo é de pagar uma milena para meter o meu cacete no meio dessas tuas coxinhas grossas que provavelmente já há bastante tempo não levam uma boa esfregadela. Além do prazer que te posso proporcionar ainda te resolvo os teus problemas financeiros.
As fodas insípidas com o Sr. Silva apenas me faziam despertar o apetite por um bom pau de macho. Mas sentindo-me enxovalhada por aquele homem com ar de gentleman achar que só por eu estar com fome e andar com as mamas destapadas de sutiã me podia levar para a cama, respondi-lhe:
- Vá-se foder – e virei-lhe as costas ainda que com o sentido da nota de 1000 que tanto jeito me fazia, na cabeça. Nem eu sabia que a minha pássara já bastante utilizada por dois homens, pudesse valer tanto.
O homem entrou num Opel, arrancou atrás de mim e quando se colocou a meu lado atirou-me:
- Já percebi que não queres foder comigo, nem a troco de mil paus. Fazes mal, era uma troca justa. Mas toma lá ao menos uma nota de 50. Sempre te dá para o jantar de hoje e ainda te sobra troco para o café. – e de facto pelo vidro aberto estendia-me 50 escudos. Embora o tivesse achado asqueroso momentos antes a sua atitude surpreendeu-me.
- Pega nela, anda! – insistiu – Tens o direito de não me quereres abrir as pernas, mas não é por isso que ache que devas passar fome.
O jantar fazia-me falta por isso estendi o braço para pegar nela. Vi que o indivíduo usava aliança de casado o que me tranquilizou e me excitou mais pois sempre que meu tio me chamava puta eu imaginava-me dando somente para homens casados. E depois ele tinha razão, os 50 escudos para pouco mais davam que para uma refeição na cantina, o ar dele era tão sério que achei ser uma parvoíce não aceitar a oferta indecente que me fizera.
- Dá-me mesmo uma milena se for consigo?
O sorriso que me mostrou fez-me ter a certeza que pela minha pinta quando me fizera o convite já sabia que acabaria por aceitar.
- E mais uma gorjeta se não me servires só um prato – garantiu-me. Acreditei nele. Havia porém um problema. Desde que Rodrigo me abandonara eu deixara de tomar a pílula e os preservativos que usava para cobrir a pila do Sr. Silva quando ele me cobria tinham ficado em casa. Se o meu primeiro cliente me queria montar teria de passar pela farmácia e arcar com mais aquela despesa. Doutra maneira não arriscava. Ficar de novo grávida sem dinheiro para voltar a desmanchar a gravidez, não.
- Não vai ser preciso nenhuma camisa – garantiu-me – Eu venho-me fora de ti.
- E onde vamos dar a queca? – eu conhecia de vistas as pensões da baixinha onde as putas subiam com os clientes que as requisitavam mas nunca entrara em nenhuma até então. O sujeito porém não era um local desses que tinha em mente para me foder.
- Vamos no meu carro, até ao Choupal ou ao Choupalinho que são bons locais para um homem despejar os bagos.
Preferi o Choupalinho por o achar mais acessível no caso das coisas correrem mal e eu ter de fugir apressadamente. O homem aceitou a sugestão e conduziu-me até lá.
- Não quero que meta o carro muito longe do caminho de acesso – avisei-o – Quero que estacione de maneira a ver-se da estrada. E se tentar forçar-me juro que fujo aos berros.
- Está descansada, menina, que não te faço mal – voltou a tranquilizar-me rindo-se. - Pelo contrário estou certo que vais gostar muito da paulada que o meu cavaco vai dar à tua ratinha.
Um ou dois meses mais tarde, na montra do bordel de Mrs B… em Amesterdão aprendi que é sempre a prostitua quem controla o cliente e lhe impõe as suas regras para lhe aliviar o tesão. Mas aquela era a minha estreia como menina da má vida, pelo que eu não sabia nada disso. Estava tão nervosa como os rapazinhos não iniciados quando recorrem a nós. Por isso quando num local não muito distante da estrada principal estacionamos e lhe perguntei o que queria que fizesse foi esse meu primeiro cliente quem me ensinou uma regra que todas as putas sabem de cor.
- Vê-se não teres nenhuma experiência no comércio com homens – observou-me – Ainda bem. Como puta és virgem e isso vai-me saber tão bem como se te fosse furar a rata com o selo de origem. Nunca deves perguntar a um homem com o qual vais foder por dinheiro, o que ele quer que lhe faças sem te ter pago previamente. Aí tens os mil escudos combinados. E agora que já te paguei podes começar por tirar a blusa e mostrar-me as tuas mamas antes de me baixares as calças.
Lembrei-lhe que não lhe daria mais de 15 minutos para ele se desaleitar em mim e tirei a blusa. As minhas mamas encantaram-no. Pediu permissão para as apalpar e quando me tocou nos seios e me fez ficar com eles durinhos desapertei-lhe o cinto e os botões da braguilha, tirando-lhe o caralho para fora. Não que fosse muito grosso, mas estava duro como um tronco e era bem maior do que o do Sr. Silva. Não era circuncidado, tinha mesmo o prepúcio algo comprido como os homens não operados e que tocam muita punheta, mas era comprido e tal como todos os caralhos que eu vira já com excepção do do Sr. Silva, aquele tinha duas gâmboas na base como eu gosto, não apenas uma. Ao menos podia-me esfregar bem os meus dois lábios vaginais com eles quando estivesse sobre mim.
- Gostas que te mexas nas mamas, não gostas, minha gostosazinha de carinha inchada? Eu também gosto muito de mexer em maminhas carnudinhas como as tuas. Deixas-me beijá-las? Não tens namorado que te faça isto, pois não? Então deixa-me beijá-las como se fosse teu namorado, que as tens divinais. Não quero ficar só o com o caralho e os tomates por fora do fecho. Quero que me baixes as calças por inteiro.
Quando as calças estavam todas em baixo pediu-me que lhe apalpasse o material, sempre chafurdando com o nariz e as mãos no meu peito, até lhe deixar o pau todo em pé. Como eu entusiasmada e já bastante relaxada o deixava fazer tudo não tardou muito a achar-me deitada no assento com as pernas para cima e a saia levantada, sentindo a sua mão afagando-me a calcinha, a trás e à frente, a puxá-la para o lado e a enfiar um dedo dentro da minha rata.
- Um buraquinho de rata com a largura aceitável para uma moça da tua idade – comentou – Ohh, sim, vais gostar muito quando enfiar meu caralho dentro dela. Ainda bem que não és puta. As puta querem é despachar um gajo de qualquer maneira, mas as carentes como tu, de carteira vazia, deixam-nos fazer tudo se lhes dermos prazer, não é mesmo? Ohh, mamas e cona gostosas. Ohh, isso, esfrega-me os colhões e punheteia-me um pouco. Ohh, mãos de fada! Com o dinheiro que recebestes não te importas se demorarmos mais um pouco do quarto de hora, pois não?
Provavelmente não. Aqueles amassos e toques nas minhas intimidades eram muito gostosos, o Sr. Silva era querido mas nunca me tratara assim, eu é quem tinha de lhe ensinar tudo se queria ter um orgasmo e mesmo assim nem sempre o conseguia.
- Chupa-me o pau – pediu-me colocando-o mesmo na entrada da minha boca. Cerrei os lábios, aprendera rapidamente a lição.
- Não – lembrei-lhe – O senhor disse-me que se lhe desse um segundo prato não eram só 1000 paus que recebia. E além disso tem a pila a cheirar a mijo. Não a meto na boca.
- E neste teu par de mamocas? Deixas-me esfregar a pila no teu par de mamocas? – perguntou apertando-as.
- Vou ficar com elas sujas e a cheirar a esporra - observei-lhe como se andar com as mamas húmidas de esporra constituísse qualquer problema – Quero mais 200 escudos para o deixar comer-me as mamas.
- Cem.
- 150 – condescendi – e olhe que o seu tempo está a acabar.
Da carteira o sujeito tirou mais 150 escudos que me entregou para o deixar gozar uma espanhola, com as mamas bem apertadinhas.
- Ahh, putazinha – dizia-me com o caralho enterrado nas minhas mamas e batendo-me com a cabeça dele nos queixos sempre que me socava – tinhas razão. Vou-te deixar os marmelos bem pintadinhos com a minha esporra, tanto tesão eles dão à minha piça. Ahh, maminhas duras, provai do meu sarrafo que me venho todo nelas.
Não se veio e ainda bem para mim, embora se tivesse desaleitado com algum gosto nelas, e eu estivesse ali fazendo o papel de profissional do prazer. No entanto para não lhe dar a entender que estava gostando muito daquela espanholada queixei-me.
- Vou ficar com as mamas todas sujas de espora e a cheirar a mijo que não é meu.
- E ainda te vou deixar a pitinha mais suja de esporra, minha lindinha esfomeada – advertiu-me – E vai ser agora que tenho mesmo o caralho prontinho para te enfardar. Mas aqui dentro não, que ainda sujamos os assentos.
Como ainda estivesse deitada sobre os assentos da frente com ele sobre mim, o meu cliente puxou-me pelas pernas até elas ficarem de fora e saiu da viatura onde nu da cintura para baixo se ajoelhou no chão, entre as minhas pernas. Em seguida agarrou sua piça com as mãos.
- Não vais chorar quando ta meter, pois não?
Olha que pergunta mais parva. Que ele a metesse bem fundo queria eu.
- Levanta as pernas, menina – exigiu – Quero as tuas pernas nos meus ombros.
Embora seja a prostituta a estabelecer as regras, em matéria de posições o cliente é quem manda. Coloquei portanto as pernas nos seus ombros e foi ele mesmo quem com as mãos conduziu a piroca para o interior da minha greta feminina depois de me ter tirado a calcinha.
- Toma na coninha, coisinha boa, toma, que já há bastante tempo não vou ao pito a uma estudantezinha espevitada como tu, ohhh, na minha idade só mesmo a cona de uma estudantezinha jovem como tu me consegue fazer subir ao Paraíso, ohhh, que boa cona, tens, ohhh…!
Ainda bem que ele estava gostando já que eu da minha parte também não tinha razões de queixas. Ele já não estava ajoelhado, mas soerguera-se e bombeava-me na pássara com força. Ohhh, que bom, nada que se comparasse com o caralho mal experimentado do Sr. Silva. Além do dinheiro que já recebera, aquela queca valia pelo prazer que me dava. Ohhh …! Siiiim, quero mais! Ohhh, que pila mais gostosa! E que delícia os açoites que o seu par de tomates de macho me estavam dando na coninha quando seu pau se enterrava todo dentro dela. Ohhh, o quarto de hora já se esgotara há muito mas eu nem pensava em reclamar daquele tempo extra, tão bem me achava assim entalada. Gozei como já não gozava desde que deixara de foder com Rodrigo.
- Ahh, minha vadia, ficaste tão húmida com a foda que te dei que me molhaste a piça toda – comentou – Chegou a minha vez de te molhar agora eu com a minha esporrinha.
Foi então que me lembrei.
- O combinado foi que a tiraria fora antes de se vir. Eu não uso nada.
- Fica descansada. Salta para fora do carro que já vais ver como me vou esporrar. Põe-te de joelhos.
Ajoelhada, com a cabeça dando-lhe pela barriga, assisti à punheta que com o caralho apontado à minha cara, ele tocou. Nem pensei em desviar-me. O caralho dele repleto de tesão, com aquele par de tomates rodeados de uma pentelheira que mais parecia carqueja negra, era lindíssimo. E uma vez que ele não se viera dentro de mim, queria muito sentir o contacto da sua esporra quente na minha pele. A esporradela que me deu nos olhos fez com que ficasse a ver tudo branco. As outras já me acertaram na boca e nas faces escorrendo viscosamente por elas como fios espessos de barba
- Abre a boca, vadia e ganhas mais duas notas de 100 – prometeu sempre sem parar de se punhetear e cuspindo leite sobre mim – Não tenho nenhuma doença e não precisas de engolir a minha esporra, basta que me deixes depositar alguns jactos na língua.
Para quem momentos antes não tinha dinheiro nenhum, aquele bocado de fim de tarde já me rendera perto de um conto e meio. Ter uma cona disponível no meio das pernas e uma boca feminina era financeiramente atraente como se estava a ver, pelo que a abri e deixei que os últimos esguichos fossem depositados na minha língua estendida. Estávamos ambos satisfeitíssimos.
O sujeito deu-me os 200 escudos adicionais e trouxe-me de volta ao edifício da Faculdade de Química, mas eu depois de ter ido buscar o manual de Direito Constitucional à Biblioteca já não fui jantar à cantina. Com o dinheiro que o aluguer do corpo me rendera fui ao Mono, uma tasquinha na Alta, onde se comia bem e barato. Foi lá que me encontrou o João, um colega de curso que me conhecia desde os tempos em que eu vivi na República de… João sabia do estado de pobreza em que vivia e por isso ficou admirado vendo-me ali.
- Pelo que vejo, Sandra, a vida corre-te melhor. Ou tiveste quem te pagasse o jantar?
- Mais ou menos -. respondi-lhe – Hoje tive uma primeira experiência profissional que me correu tão bem que me deixou a pensar que era capaz de ser boa ideia desempenhá-la mais vezes.
João olhou para mim, pelo meu aspecto deve ter percebido que eu estivera fodendo pois sem me perguntar que experiência profissional tivera, riu-se e apenas comentou:
- Se te permite matar a fome sem andares a cravar os outros acho que a devias aceitar. Afinal a uma rapariga como tu não lhe falta como ganhar a vida.Pelos vistos não era apenas a avó do meu primeiro cliente a partilhar de tal ideia. Nessa noite no Mono tomei uma resolução. Nunca mais mendigaria junto de ninguém, dinheiro para o jantar na cantina, nem pediria manuais académicos em segunda mão. Antes puta que mendiga ou sem abrigo. Cumpri tal resolução. E pouco mais de um mês depois, graças a referências de uma amiga, já eu trabalhava como prostituta em Amesterdão, no bordel de Mrs. B… Foi o primeiro emprego que tive antes de me formar.
domingo, 23 de maio de 2010
A ESTREIA DE UMA PUTA EM COIMBRA
Postado por
SANDRA SAFADA
às
05:21
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Marcadores:
CONFISSÕES DE UMA PUTA EM COIMBRA
3 comentários:
...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE
SANDRA
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BLADE RUUNER ,CHOCOLATE, EL NAZARENO- LOVE STORY,- Y- CABALLO, .
José
ramón...
Obg Ramon. è para pessoas como tu q o me blog existe. Bjs.
Bem... gostei. Contacta
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