Durante a minha juventude a prostituição foi um recurso a que com muita frequência deitei mão, a fim de financiar os meus estudos de Direito em Coimbra. No entanto houve pelo menos uma vez em que tentei mudar de vida. Foi no 3º ano quando arranjei um namorado, o João Pedro, estudante de Engenharia e feiinho quanto baste, como diz-se se querem os homens.
O João Pedro não era assim contudo tão homem como parecia. Apesar de bem abonado sexualmente, tinha um defeito: os seus tomates não produziam qualquer espécie de líquido pois que ele sofria de uma forma rara de azoospermia, tendo sido até hoje o único homem que conheci a ejacular seco, o que pelo menos me deixava tranquila sempre que fazíamos amor, já que com ele mulher alguma corria o risco de uma gravidez indesejada. Mas por outro lado eu achava as suas esporradelas secas bastante frustrantes para mim pois sempre gostei muito de sentir o fluxo quente do jorro masculino no momento do orgasmo, e isso era coisa que os tomates do João Pedro não me podiam dar, infelizmente. Embora às escondidas dele, eu continuava fazendo ocasionalmente umas pernadas como prostituta com alguns clientes especiais, e eram eles quem me proporcionavam o prazer de umas esporradelas bem dadas, como tanto aprecio, mas deixara de fazer a rua e estava decidida a abandonar de vez tal actividade. Como precisava de arranjar forma de subsistir, consegui graças à ajuda da minha senhoria, mulher devota, muito frequentadora da Igreja e que me julgava uma menina órfã vivendo de uma pequena bolsa dos Serviços Sociais, o meu primeiro emprego a sério como empregada de limpeza na residência de um pároco de Coimbra, seu conhecido.
O padre tinha pouco mais de 40 anos, era um homem bem apessoado, charmoso e simpático, que nunca usava batina na rua. Como lhe fora recomendada pela minha senhoria, ele não teve problema em confiar-me a chave da casa e pôs-me à vontade para executar o meu trabalho da maneira que melhor me conviesse sem prejudicar os estudos, tendo ficado combinado fazer as limpezas às terças e sextas de tarde.
Como disse, eu andava começando a ficar cheia das fodas secas que o João Pedro me dispensava, apesar daquelas que ia dando profissionalmente com alguns clientes regulares, mas que eram cada vez mais raras. Por outro lado costumo dizer que tenho bom faro para farejar esperma, em especial quanto tenho fome dele, como era o caso…! Por isso certa tarde ao arrumar-lhe o quarto, que o padre acabara de abandonar depois de ter estado encerrado nele algum tempo, senti no ar cheiro de esporra e a colhões suados de homem que acabou de foder, ou como me parecia mais provável naquelas circunstâncias, de um homem acabado de esfolar uma punheta.
Nada como o cheiro a esporra para me deixar húmida, ainda para mais tratando-se do odor da esporra e dos colhões de um padre que imagina-se sejam castos e puros como os de um donzel. Eu já notara que o clérigo embora fosse respeitador apreciava ver-me as pernas e o decote das mamas sempre que podia, e era aliás por isso que eu não me inibia de aparecer em sua casa com umas roupas que se podiam considerar algo livres para uma empregada doméstica, ainda que procurasse nunca parecer demasiado provocante. Como o padre tivesse saído para tomar banho, e o barulho do chuveiro fosse perfeitamente audível, não resisti a dar uma espiada no quarto. Não vi manchas de esperma como esperava mas encontrei numa gaveta da cómoda por baixo de uma pilha contendo a sua roupa interior, um grosso maço de revistas eróticas: Penthouse, Playboy, alguns números da Photo contendo artigos com mulheres nuas, enfim uma colecção que supostamente não seria normal encontrar-se numa residência paroquial, mais propensa a abrigar hagiografias de santos e de mártires. E em que sítio mais ilustrativo do fim a que se destinavam, o homem resolvera guardá-los, pensei. Ri-me comigo mesma. O senhor padre não saberia que aquilo era pecado? E não se importando de pecar, porque motivo preferia pecar sozinho quando poderíamos pecar os dois, que por mim não haveria problemas? Bem vistas as coisas, condenada ao Inferno já eu devia estar pelo menos desde que abracei a vida de puta, e nem por isso me preocupava a salvação da alma. Será que o padrezinho possuía o coto pequenino e tinha vergonha de o mostrar, ou era mesmo por ser padre e querer manter as aparências de um homem casto que ele preferia a punheta?
Resolvi tirar as dúvidas a limpo. Deixando o aspirador ligado no quarto, fui muito cautelosamente espreitar pela fechadura da casa de banho. De pé debaixo do chuveiro, e com o corpo e o cabelo completamente ensaboados, a pila do padre apresentava-se murcha e algo flácida embora fosse extremamente grande, e com a aba na ponta. Tinha todo o aspecto de ter-se acabado de divertir, e o pároco com um ar bastante satisfeito entretinha-se a limpá-la com todo o cuidado, em especial na zona do prepúcio. Ri-me mais uma vez, muito baixinho. A carne é mesmo fraca, e a dos homens então… Voltei ao trabalho mas no meu íntimo já resolvida em provar algum daquele esperma que o homem de Deus andava tirando à mão. Já que o sujeito tinha tendência para o pecado eu queria ver se o conseguia fazer cair no resto da tentação. Na verdade não é só a carne dos homens que é fraca. A das mulheres também. Ou pelo menos, a de algumas, as que gostam de aproveitar ao máximo a vida. E nestas me incluo eu.
Isto passou-se numa terça feira. Guardei as revistas antes de continuar as limpezas mas propositadamente não as coloquei exactamente no mesmo sítio, para ele ver que tinham sido mexidas. Na sexta acompanhada do João Pedro lá me apresentei ao trabalho, uma meia hora antes do habitual. O padre dava aulas numa escola do concelho, almoçava habitualmente na cantina mas àquela hora já estava por norma em casa, encerrado no quarto organizando o seu trabalho como pároco, dizia ele, embora eu depois de lhe ter descoberto as revistas não duvidasse agora que as suas verdadeiras razões fossem outras.
- Queres entrar um bocado? – perguntei ao meu namorado – Ainda é cedo e o padre não deve ter chegado das aulas.
Nunca eu o convidara a entrar pelo que o João Pedro se admirou. Mas aceitou o convite e levei-o até à cozinha. Depois foi tudo muito rápido. Mal entramos na cozinha eu atirei-me a ele e beijei-o na boca, com calor. O meu namorado retribuiu-me o beijo e eu aproveitei para abrir um pouco a blusa que trazia, ficando com as mamas quase todas à mostra. Depois sentei-me em cima da mesa da cozinha, abri as pernas enlaçando-as em volta da cintura dele. Como podia prever, o caralho do João Pedro por baixo das calças, começou a crescer.
- Aqui? – perguntou-me, surpreendido.
- Porque não? – respondi-lhe – Estamos sós e temos tempo.
O João Pedro começou a apalpar-me e a trincar-me as mamas enquanto eu lhe acariciava as partes por cima do fecho das calças. Embora tivesse a certeza de não estarmos sós na residência paroquial eu imaginara que o padre, entretido com as fotografias de mulheres nuas, nem se daria conta da minha chegada e eu não queria que isso acontecesse. Foi por isso que no meio de todo aquele bem bom, e quando o meu namorado já estava a pensar em meter-me o seu sarrafo dentro de mim, que eu com um movimento de pernas, derrubei com bastante estrondo uma cadeira no chão. O João Pedro atrapalhou-se todo.
- Sossega, estamos sozinhos, já te disse – voltei a afirmar, rezando para que isso fosse mentira. E ele tranquilo continuou, metendo agora a sua mão por baixo da minha saia, afastando-me a calcinha para o lado e começando a titilar-me a rata com a palma e os dedos da mão, muito despreocupadamente. Mas o pároco ouvira o barulho e veio ver o que se passava. Pela hora ele não devia estar a contar que eu já tivesse chegado e ainda para mais acompanhada. Apanhou-nos assim naquele despropósito e eu quando o vi entrar na cozinha simulei embaraço e vergonha. Mas parece que quem ficou mais envergonhado e embaraçado com o que viu foi ele, pois mal abriu a porta e me viu quase com o peito ao léu e sendo apalpada pelo meu companheiro, pediu apressadamente desculpas e fechando a porta desapareceu. Saltei de imediato da mesa para o chão.
- Merda, João Pedro – disse-lhe – Vai-te embora que já fizemos merda.
- Mas Sandrinha – observou ele – Foste tu quem me disseste que estávamos sós.
- Como podia adivinhar? Ainda bem que não me tinhas tirado a calcinha, nem baixado as calças, senão é que ia ser o bonito. Anda, vai-te embora que logo falámos.
Com um beijo apresado na boca o João Pedro lá se foi embora bastante contrariado por não me ter chegado a comer como pensara quando o levei para a cozinha, e eu mal ele saiu, procurando compor-me um pouco mas deixando o decote das mamas bem descoberto, corri ao quarto onde imaginava, o clérigo se voltara a enfiar.
- Senhor padre – disse-lhe – peço desculpa pelo sucedido e garanto-lhe que isto não se vai voltar a repetir aqui na sua casa. Mas sabe como é. Ele é meu namorado e temos poucas oportunidades de estarmos sozinhos, de maneira que aquilo foi uma maluquice que nos passou pela cabeça.
Os olhos dele detinham-se no meu peito e nas minhas pernas. Embora a sua zona pélvica não demonstrasse ainda qualquer sinal de tesão a respiração pesada que lhe ouvia traduzia bem o seu grau de excitação, e nos seus olhos eu bem podia ver como ele estava revivendo os apalpões que vira o João Pedro dispensar-me momentos atrás. E sobretudo a vontade que tinha em estar no lugar dele.
- O senhor é padre e embora não deva ter experiência sabe como é – continuei com os olhos baixos, procurando assemelhar-me a uma penitente arrependida o mais que podia –Nem sempre é fácil resistir aos desejos da carne por mais imorais que eles sejam, quando mesmo numa casa paroquial como esta o pecado está sempre à espreita e dentro dela estão um homem e uma mulher que se desejam muito, não concorda comigo?
O pároco quando eu entrara ainda me repreendera por me ter confiado a chave da sua casa e eu ter franqueado a entrada a uma pessoa que ele não conhecia, mas ouvindo estas palavras passou directamente à acção. Para falar a verdade eu não estava à espera daquela sua reacção, nem acreditava que sendo eu a sua empregada de limpeza, e ele um padre tocador de punheta me fosse comer de verdade, mas pelos vistos depois de me ter visto quase fodendo com o meu namorado e estar agora ali bem ao seu alcance com um decote tão apetecível, ele deve ter imaginado que melhor que fazer paciências à unha vendo fotos de mulheres nuas era passar a uma aula prática. E foi o que fez. Sem que eu contasse o padre mandou-me estar calada, e agarrando-me beijou-me na boca, com o seu rosto bem colado ao meu.
- Senhor padre—ainda tentei reagir, mas o meu tom de voz não era de moça querendo fugir com o rabo à seringa, antes a de uma vadia fingindo a inocência que não tem.
- Cala-te, sua assanhada – redarguiu-me – Queres-me atiçar, não queres? Pensas que na terça feira não reparei que as minhas revistas não estavam onde as costumo deixar? Fostes tu quem mexeu nelas, não foste vadiazinha? E agora queres-me atiçar ainda mais trazendo o teu namorado ou lá quem o sujeito é, para foderes com ele na minha cozinha, sabendo que eu estava em casa. E ainda fazes barulho para me atraíres e ver-te sendo apalpada com as mamas de fora e teres assim a certeza que eu ia ficar a saber a peça oferecida que tenho cá em casa. Foi isso, não foi?
A sua perspicácia fez-me rir abertamente.
- Para padre, o senhor não acha que sabe de mais em matéria de malandrice feminina? Pensei que todos os padres faziam voto de castidade, e que portanto estas tácticas de sedução lhes fossem estranhas – observei, com malícia – Foi fazendo confissões que o senhor as aprendeu? Ou foi consultando outras publicações de conteúdo adulto, que não o Breviário?
O padre soltou então uma gargalhada.
- Não acredites muito na inocência dos padres – admitiu – As paroquianas que se me costumam confessar, como a tua senhoria, não têm pecados tão grandes para penitenciar. E as vadias como tu não costumam vir ao confessionário.
Enquanto falava o padre ia roçando a sua virilha na minha calcinha. Agora sim, eu sentia o seu caralho todo inchado debaixo do fecho das calças. Podia apostar que ele estava cheiinho daquele leitinho quente de que eu andava com tantas saudades.
- Senhor padre – disse-lhe – agora sou eu quem lhe diz para se calar e para ocupar antes a sua boca dando-me uma boa trombada nas mamas. Ou não gosta de mamas?
Gostava pois. Despindo-me a blusa e tirando-me a calcinha para baixo, enfiou sua mão por dentro da saia titilando-me a vagina com ela e penetrando-me com os dedos enquanto me sorvia os mamilos.
- És peludinha, malandreca! Gosto de mulheres como tu, com a testa bem coberta de pentelhos. E estás bem húmida, safada – comentou – Vou concluir o que o teu namorado começou e deixou a meio.
Graças a Deus, pensei mas não o disse, ele era padre, podia-se ofender com aquilo. Mas os seus toques masturbatórios eram deliciosos. Via-se que ele tinha experiência com as mãos.
- Não é a primeira vez que o senhor padre quebra os seus votos de castidade – acusei-o, mas ele nem me respondeu.
- Em cima da cama! – ordenou. Quando nos deitámos, eu numa atitude muito puta e que sei faz entesar a maioria dos homens, agarrei-lhe na palma da mão e nos dedos com que me apalpara e penetrara a rata e meti-os na boca, lambendo-os muito lenta e voluptuosamente.
- Tens tanto de vadia como de porca – proferiu com agrado – A ti fazia-te eu uma confissão bem feita.
- Então faça-ma, senhor padre, como é sua obrigação – desafiei-o – Faça-ma e dê-me a absolvição pelo pecado em que já fiz cair tantos homens.
-Acredito que sim, pecadora – devolveu-me ele – Mas antes de te absolver que me dizes se te pedisses para cometeres outro pecadinho com essa tua boquinha porca? Sabes, gostei tanto de te ver lambendo a imitação que muito prazer me darias se quisesses lamber agora o original.
Adoro sentir o sabor da esporra na boca, antes de levar com ela no meu buraco de baixo. Por isso só lhe respondi:
- Tenho a certeza que o meu namorado não me ia pedir outra coisa antes de ma meter.
Desapertei-lhe o cinto e tirei-lhe as calças e as cuecas pelas pernas abaixo. Ele tirou os sapatos pretos que ainda não descalçara. Seu caralhão enorme apresentava-se em todo o seu apogeu. Masturbei-o um pouco demorando-me a apreciar-lhe o par de bolas, peludas e vermelhas, bem redondas.
- É uma pena um homem como tu – disse, empregando pela primeira vez aquela forma de tratamento – com um pilau tão másculo e uns tomates tão bem feitos, ter optado pela carreira de padre. Essa profissão está bem para homens com a pilinha e os tomatinhos bem pequeninos, não para um homem com uma ferramenta tão promissora como a tua.
- Nunca ouviste dizer que as beatas também têm de ser consoladas? - respondeu-me. – Embora deva dizer que nenhuma nunca me consolou como estás a fazer, Sandra.
Não duvidava, senão o padre não teria necessidade de tantas revistas. Em todo o caso, leite masculino de que eu andava tão carente, era coisa que não lhe faltava ao contrário do João Pedro, a fazer fé na amostra. Bem punheteado por mim, a cabeça do caralho do padre achava-se bem melada, num convite irresistível para esta vadia que gosta de ver um caralho bem melado, independentemente do buraco onde está a pensar metê-lo. Assim abri a boca, e traguei-o bem fundo.
- Huuum! Huum! – dizia-lhe, batendo-lhe nas coxas com as mãos. O padre compreendeu e começou a foder-me a boca, com força. Eu com os dentes cerrados procurava não deixar fugir-lhe o caralho, enquanto lhe sugava a cabeça e lhe sorvia o leitinho que saía dela, engolindo-o tudinho.
- Porquinha, porquinha! – gritava ele – Queres-me fazer pingar todo na tua boca, para ires abrir as pernas ao outro, mas não vais ter essa sorte. Posso ser padre e ter feito voto de castidade, mas não é uma sopeira como tu que me vai fazer desaleitar todo no buraco que ela quer, garanto-te. Eu é que te vou dizer como me quero desaleitar.
E foi.
- Está na hora de tirares a saia. E vira-te de costas para baixo na cama, se queres que te dê a absolvição.
Melhor absolvida não podia ter ficado, após os meus dias de secura com o João Pedro. Com o rabinho para cima deixei que o pároco me abrisse as pernas e me contemplasse toda nua, por trás. Depois pondo-se de joelhos e elogiando muito minha pentelheira farta e castanha fez-me um muito gostoso minete.
- Gostas muito de esporra não gostas, minha assanhada desafiadora? – perguntou-me – É quentinha não é, a esporra dos machos? Tens razão em gostares de esporra, quanto mais esporra tem a pila melhor escorrega dentro de uma racha como a tua, não é verdade? Pois eu vou-te dar muita esporra, fica descansada. E vou-te mostrar que mesmo sendo padre tenho uma boca tão porquinha como a tua.
Intercalando o minete com umas esfregadelas vigorosas do seu caralho bem melado na minha pássara, que ele depois lambia gostosamente, o padre proporcionou-me uma das melhores sessões de sexo oral da vida e o meu primeiro orgasmo naquela tarde. Depois deitando-se sobre as minhas costas, penetrou-me por trás, com o prego bem a fundo.
- Ó Cristo, não venhas cá abaixo ver isto – ia dizendo ele, fodendo-me com todo o gosto e nada preocupado com a blasfémia. – Se o teu pai sabia que a carne era fraca, porque criou num segundo tempo estes seres maravilhosos que nasceram com uma racha no meio das pernas e nos faz desejar o Inferno para os ter?
Quando saiu de cima de mim, o padre exigiu que me colocasse de lado e a nossa última foda daquela sexta feira foi dada connosco rebolando-nos em cima da cama até quase cairmos ao chão e ele se vir abundantemente proporcionando-me o tão desejado banho de esperma pelo qual ansiava há muito.
- Que interessa a vida sem o pecado, senhor padre? – perguntei-lhe no fim.
- Minha filha – respondeu-me, agora novamente com ares de padre – há pecados e pecados. O que acabamos de cometer foi um pecado venal, dos menos graves que existe. Não perdemos por isso a graça das Bem - Aventuranças.
Na Bem – Aventurança já me sentia eu. Por isso se o pároco com os seus conhecimentos de teologia dizia aquilo, não seria eu que estava a querer largar a prostituição, que o haveria de desdizer.
Tomamos um banho juntos e nesse dia já não lhe fiz a limpeza das sextas feiras.
- Podes ir para casa mais cedo, Sandra – concedeu-me – apesar da nossa falta ter sido menor merecemos ambos uma penitência. Eu vou reler alguns capítulos das Confissões de Santo Agostinho, que também cometeu muitos pecados venais na juventude, e tu por me teres desencaminhado, aconselho-te a ires rezar um terço completo.
Como se eu soubesse rezar o terço. Aproveitei antes o resto da tarde, bebendo umas cervejas na Clép. Aquele era um local que o meu namorado não frequentava e eu nem por sombras me queria encontrar com ele. Atiçado como ficara pela interrupção do padre, e satisfeita como eu tinha a pássara, não queria correr o risco de ele querer retomar as coisas no ponto onde as deixáramos, na cozinha da residência paroquial.
Fodi ainda muitas mais vezes com o padre durante os anos que em Coimbra estive até concluir o curso, ainda que pouco tempo depois me tenha despedido da sua casa e arranjado emprego como cozinheira numa república de estudantes. Mas fi-lo apenas para tapar olhos e não suscitar falatório nas frequentadoras da paróquia. E acabei por não deixar a prostituição já que antes disso o João Pedro deixou de ser meu namorado. Porque duas lições recordei no meu relacionamento com o pároco. A primeira é que homem que é homem nunca deixa de o ser, nem que para isso tenha de quebrar todos os votos que fez. A outra também nunca era demais recordá-la. É que moça bonita e marota que queira ganhar a vida merece mais que ser empregada de limpeza. Ela tem outros atributos que a fazem render bem mais no mercado de trabalho paralelo e parva é se não os usar.
0 comentários:
Postar um comentário